Sabemos
o que o Papa Franscisco disse na entrevista no seu retorno a visita
ao México e todo o circo que a imprensa tem causado diante do tema:
“O
grande
Paulo VI – recorda Francisco – em uma situação difícil na
África, permitiu que as freiras usassem os contraceptivos para os
casos de violência. Não se deve confundir o mal a ser evitado com a
gestação e o aborto”. Também porque “o aborto não é um
problema teológico, mas um problema humano. Não se deve confundir o
mal de evitar a gravidez com o aborto”. Também porque “o aborto
não é um problema teológico, mas um problema humano. É um
problema médico: mata-se uma pessoa para salvar outra no melhor dos
casos. É contra o juramento de Hipócrates que todos os médicos têm
de fazer. É mal em si mesmo, mas não é um mal religioso, não. É
humano. Em vez disso, evitar a gravidez não é um mal absoluto, em
certos casos”.
Vamos
nos lembrar que esse não é o primeiro Papa a falar sobre o
preservativo. Já o Papa Bento XVI havia abordado o tema em uma
entrevista, também, por sua vez, distorcida pela comunicação
social anti-católica:
O
Papa Francisco
“afirmou que a contracepção artificial é um mal e em nada foi
contrário ao Catecismo da Igreja Católica que diz ser
intrinsecamente má
qualquer ação que, quer em previsão do ato conjugal, quer durante
a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências
naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a
procriação (CIC2370).”
O
que ele disse é que “evitar a gravidez não é um mal absoluto”,
disse isso comparando a contracepção com o aborto (que é um mal
absoluto). A contracepção seria ainda um mal... digamos um mal
menor, principalmente no caso do Zika vírus. O uso do preservativo é
admissível, porque se trata de uma epidemia, porém vale a pena
ressaltar que:
“Segundo
especialistas, a transmissão sexual do vírus Zika ainda não foi
comprovada cientificamente, mas também não pode ser descartada.”
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/risco-de-transmissao-sexual-de-zika-faz-gra-bretanha-recomendar-camisinha-para-homens-que-foram-ao-brasil.html
E
Mesmo
na comunidade científica ainda há cépticos sobre a correlação
entre o vírus e a microcefalia, por falta de estudos.
Pouco
se conhece sobre a doutrina da Igreja, por isso há tanta confusão
sobre esses assuntos, gerando muita polémica. Isto está no cerne
das discussões. Vejamos então o que a Igreja ensina, como Mãe que
é, aos seus fieis, sobre como deve ser vivida a sexualidade:
"À
linguagem nativa que exprime a recíproca doação total dos cônjuges
a contracepção impõe uma linguagem objectivamente contraditória, a
do não se doar ao outro. Deriva daqui não somente a recusa positiva
de abertura à vida, mas também uma falsificação da verdade
interior do amor conjugal, chamado a doar-se na totalidade pessoal."
Esta diferença antropológica e moral entre a contracepção e o
recurso aos ritmos periódicos "envolve duas concepções da
pessoa e da sexualidade humana irredutíveis entre si".
Catecismo da Igreja Católica. (CIC2370)
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