Credo in Unam, Sanctam, Cathólicam et Apostólicam Ecclésiam

"Na presença dos Anjos ei de cantar-Vos e adorar-Vos no vosso santuário."
(Salmo 137, 1)
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sexta-feira, 31 de março de 2017

terça-feira, 28 de março de 2017

A Igreja é contra o divórcio


Em Portugal existe uma estatística muito triste, 70% dos casamentos termina em divórcio. É o país europeu onde há mais separações. É uma grande contradição que num país católico isso possa ser uma realidade. Gostaria de enfatizar nessa publicação que a Igreja Católica é contra o divórcio.

O que está a seguir não é minha opinião pessoal, é um fragmento do Catecismo da Igreja sobre o tema em questão:

"Indissolubilidade do Matrimônio e divórcio

§2382 O Senhor Jesus insistiu na intenção original do Criador, que queria um casamento indissolúvel. Ab-roga as tolerâncias que se tinham introduzido na Lei antiga.

Entre batizados, o matrimonio ratificado e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa, exceto a morte".

Divórcio civil

§2383 A separação dos esposos com a manutenção do vínculo matrimonial pode ser legítima em certos casos previstos pelo Direito canônico (cf. CIC, cânones 1151-1155).
Se o divórcio civil for a única maneira possível de garantir certos direitos legítimos, o cuidado dos filhos ou a defesa do patrimônio, pode ser tolerado sem constituir uma falta moral.

Definição de divórcio

§2384 O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até a morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente:

Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra.

Conseqüências do divórcio entre cônjuges católicos

§1650 São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civicamente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo ("Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério": Mc 10,11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa.

§1664 A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade essenciais ao Matrimônio. A poligamia é incompatível com unidade do matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal de seu mais excelente": a prole.

§2385 O caráter imoral do divórcio deriva também da desordem que introduz na célula familiar e na sociedade. Esta desordem acarreta graves danos: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes disputados entre eles (cada um dos cônjuges querendo os filhos para si); e seu efeito de contágio, que faz dele urna verdadeira praga social.

§2400 O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

Inocência do cônjuge injustamente abandonado

§2386 Pode acontecer que um dos cônjuges seja a vítima inocente do divórcio decidido pela lei civil; neste caso, ele não viola o preceito moral. Existe uma diferença considerável entre o cônjuge que se esforçou sinceramente por ser fiel ao sacramento do Matrimônio e se vê injustamente abandonado e aquele que, por uma falta grave de sua parte, destrói um casamento canonicamente válido.

Obra de caridade para com os divorciados

§1651 A respeito dos cristãos que vivem nesta situação e geralmente conservam a fé e desejam educar cristãmente seus filhos, os sacerdotes e toda a comunidade devem dar prova de uma solicitude atenta, a fim de não se considerarem separados da Igreja, pois, como batizados, podem e devem participar da vida da Igreja:
Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a dar sua contribuição às obras de caridade e às iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.”


Há casos que infelizmente o divórcio é inevitável. Aconselho essas pessoas a procurar a Igreja, para verificar se o seu matrimónio foi mesmo válido. Muitas uniões, depois de analisadas, verifica-se que na verdade são nulas. Tendo a comprovação da nulidade do primeiro casamento a pessoa poderá se casar na Igreja, pois é como se fosse solteira, não havendo impedimento moral para a nova união. Porém se a primeira união for considerada válida, essa pessoa não deveria se casar novamente, pois a nova relação será considerada um adultério. 

sábado, 27 de agosto de 2016

De onde viemos? Para onde vamos?


Essa é uma das perguntas mais fundamentais do ser humano, por causa dessa pergunta surgiu a filosofia. Porém qual resposta a Igreja Católica tem para esse questionamento?

De onde viemos?

Sabemos de onde vem o corpo humano, foi gerado por seus pais, mas e a alma?

A Igreja ensina que cada alma humana foi diretamente criada por Deus. Não foi produzida por seus pais e é imortal (CIC 366). Essa alma é infundida no corpo no exato momento da concepção.

Existem teorias filosóficas sobre a criação das almas:

- Preexistencialismo: acreditam numa preexistência das almas, isto é, as almas são por si espíritos incorpóreos e foram todas criadas por Deus no início da criação. Deus teria então um estoque de almas que se uniria ao corpo no momento da concepção. Essa idéia não é aceita pela igreja e está geralmente ligada a pessoas que acreditam em reencarnação.

. Traducionismo: defesa da idéia de que as almas são transmitidas pelos pais aos filhos de modo semelhante à transmissão do corpo. A alma teria sido criada por Deus, em Adão e Eva, mas as outras almas seriam transmitidas de pais para filhos. Essa tese foi recusada pela igreja como herética.

- Criacionismo: Nós católicos acreditamos então na teoria criacionista na qual a alma racional é criada por Deus e infundida no corpo no mesmo instante da concepção. Portanto Deus continua a criar almas humanas e os casais, chamados a dar vida, são cooperadores do amor de Deus criador (CIC 2367). Na Biblia encontramos várias passagens que dão respaldo a essa teoria como, por exemplo, Eclesiastes 12:7; Isaías 42:5; Zacarias 12:1; Hebreus 12:9.

Para onde vamos?

A alma não desaparece quando se separa do corpo na morte, ela viverá eternamente. A alma humana é ordenada para Deus e destinada à bem aventurança eterna. (CIC 1711) Livre das amarrar do corpo mortal e das ilusões do mundo voa para o seu maior objetivo, busca retornar ao seu Criador. Infelizmente algumas almas não conseguirão entrar no Céu, a morada de Deus, porque durante sua vida optaram, com o seu livre abítrio, se afastar da luz, do bem e do amor de Deus.

Portanto o ser humano foi criado por Deus e para Ele quer retornar, para preencher a sua sede original pela felicidade que somente em comunhão com Deus obterá: “quando eu estiver inteiramente em Vós, nunca mais haverá dor e provação; repleta de Vós por inteiro, minha vida será verdadeira.”(Santo Agostinho, Confissões, 10, 28, 39).



quarta-feira, 2 de março de 2016

O CÉU EXISTE!


Qualquer reflexão sobre o Céu é apenas uma pálida ideia. A mente humana não é capaz de compreender, de todo, o que existe a espera dos que Amam a Deus.

O que é o Céu:

§1721 “Deus nos colocou no mundo para conhecê-lo, servi-lo e amá-lo e, assim, chegar ao paraíso. A bem-aventurança nos faz participar da natureza divina (l Pd 1,4) e da vida eterna. Com ela, o homem entra na glória de Cristo e no gozo da vida trinitária.
§1027 Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação. A Escritura fala-nos dele em imagens: vida, luz, paz, festim de casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, Paraíso...” (Catecismo da Igreja Católica)

No Livro Imitação de Cristo há a seguinte reflexão sobre o Céu:

Ó bem-aventurada mansão da cidade celestial! Ó dia claríssimo da eternidade, que nenhuma noite escurece, mas que sempre brilha com os raios da soberana verdade! Dia sempre alegre, sempre seguro, cuja felicidade não terá mudança. Oh! quem me dera ver amanhecer este dia e passarem já as sombras das coisas perecedoras! Este ditoso dia já luz para os santos com seu eterno resplendor, porém, para nós, viajantes no deserto deste mundo, só de longe vislumbra e, como entre sombras, nos aparece... Quando gozarei da verdadeira liberdade sem impedimento nem embaraço de corpo e de espírito? Quando possuirei essa paz sólida, essa paz imperturbável e segura, essa paz interior e exterior, paz de todo permanente e invariável? Ó bom Jesus, quando me será dado vê-lo?Quando contemplarei a glória de vosso reino? Quando me sereis tudo em todas as coisas? Quando estarei convosco no reino que preparastes desde toda eternidade para os que Vos amam? (Mt 25,34) Ai! Pobre e desterrado me vejo em terra inimiga, onde há guerra contínua e grandes infortúnios”. (Imitação de Cristo – c. XLVIII – Livro III)



A grande Santa Faustina teve visões do Paraíso, vejamos o que ela escreveu em seu diário:

Hoje estive no Céu, em espírito, e vi as belezas inconcebíveis e a felicidade que nos espera depois da morte. Vi como todas as criaturas prestam incessantemente honra e glória a DEUS. Vi como é grande a felicidade em DEUS, que se derrama sobre todas as criaturas, tornando-as felizes, e então, toda honra e glória procedente da felicidade volta à sua fonte e penetram na profundeza de DEUS, contemplando a Sua Vida interior: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO, a quem jamais poderemos compreender ou sondar. Essa fonte de felicidade é imutável em sua essência, mas está sempre nova, jorrando para a felicidade de todas as criaturas. Compreendo agora o dizer de São Paulo: “Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais penetrou no coração do homem o que DEUS preparou para aqueles que O amam”.(1 Cor 2, 9) (Diário parágrafo 777 – página 228)

O SENHOR me deu a conhecer uma única coisa que, a Seus olhos, tem valor infinito, que é o amor a DEUS. Amor, amor e sempre amor, nada pode ser comparado com um só ato de puro amor a DEUS. Ó, que inconcebíveis favores DEUS concede à alma que O ama sinceramente. Ó, feliz a alma que desfruta já aqui na Terra de Seus especiais favores, essas almas são as almas pequenas e humildes. (Diário parágrafo 778)

Essa grande Majestade Divina, que conheci mais profundamente e que os Espíritos Celestes glorificam de acordo com o grau de graça e a hierarquia em que se dividem, não causou a minha alma nem terror nem medo, ao contemplar essa potência e admirável grandeza de DEUS, não, não, absolutamente não. A minha alma ficou repleta de paz e amor e, quanto mais conheço a grandeza de DEUS, tanto mais me alegro por ELE ser assim. E me alegro imensamente com Sua grandeza, e me alegro por eu ser tão pequenina, por que pelo fato de ser pequena ELE me toma nos Seus braços e me conserva perto do Seu CORAÇÃO. (Diário parágrafo 779)

Ó meu DEUS, quanta pena tenho das pessoas que não crêem na vida eterna! Como rezo por elas para que também sejam envolvidas pelo raio da misericórdia e mereçam o abraço paterno do CRIADOR. (Diário parágrafo 780 – página 228)

Portanto o Céu é real! Como fazer para ir para o Céu? Um homem fez essa pergunta a Jesus:

Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus:
Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos.
Quais?, perguntou ele. Jesus respondeu: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 19, 16-19)

Termino essa reflexão sobre o Paraíso com um maravilhoso Coro, O Coro dos Anjos, da ópera Menfistófeles de Arrigo Boito:



terça-feira, 1 de março de 2016

O que é o purgatório?


Existem pessoas que, quando morrem, não estão ainda preparadas para "ver a Deus face a face", elas estão salvas, eram boas pessoas, mas tem ainda algumas faltas que, ainda que leves, as impedem de ir directamente ao Céu.

Então vão para o purgatório, onde vão passar por um processo de purificação de suas almas, através de um fogo purificador, vão expiar seus pecados até que possam finalmente ver a Deus.

Como se pode perceber claramente, essas almas, apesar de salvas, estão em grande sofrimento. O maior sofrimento delas é o anseio de estar finalmente na presença de Deus.

Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador:

No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfémia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem presente século nem no século futuro (Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.

Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: "Eis por que ele [Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado" (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos:

Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles.

As penas do pecado

Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama "pena eterna" do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado "purgatório". Esta purificação liberta da chamada "pena temporal" do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma consequência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena.”
(Catecismo da Igreja Católica, 1030 – 1032 e 1472)

Vale a pena ressaltar que Deus é três vezes Santo, o Santo dos Santos, sendo impossível conviver com o impuro, por isso a necessidade dessa purificação das almas. É um sinal da misericórdia de Deus.

Devemos rezar pelas almas que estão no purgatório, porque precisam muito de nossas orações para poderem ir para o Céu. "Elas oram sem cessar por si mesmas, mas essa oração não é mais válida" (Diário de Santa Faustina - Visão do Purgatório, n.20). Se oferecermos orações, missas e sacrifícios, suas penas podem ser atenuadas.


Voltemos a esse piedoso costume, rezemos pelas almas do purgatório! 

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

No fim haverá um julgamento?



Sim, seremos julgados, porém a Igreja nos ensina que há dois julgamentos:

O Juízo particular – Aquele que acontece logo após a morte. “Hoje estarás comigo no paraíso” (Luc 23,43). Imediatamente depois que uma pessoa morre, é julgada e recebe sua retribuição, indo para a felicidade completa no Céu, para a purificação no purgatório ou para sua própria condenação, no inferno.

E

O Juízo Final – Que acontecerá no fim dos tempos. Donde há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos;
e o Seu reino não terá fim. (Credo Niceno-Constantinopolitano)

Nos dois casos quem nos julga é Jesus Cristo, Juiz dos vivos e dos mortos.

Como nos julgará? Jesus mesmo nos explica:

"Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso.

Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.

Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.

Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo,
porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.
Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?

Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?

Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?

Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.

Voltar--á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demónio e aos seus anjos.

Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber;

era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes.

Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos?

E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.

E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna."
(Mateus 25, 31-46)

Portanto seremos julgados, porém seremos julgado pelo Amor e sobre o quanto amamos.

Esse justo Juiz, também é o Amor Supremo, o Senhor da Misericórdia!

Ele disse a Santa Faustina:

"Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate” 
(Diário de Santa Faustina, 699).

Ainda que a alma esteja em decomposição como um cadáver e ainda que humanamente já não haja possibilidade de restauração, e tudo já esteja perdido, Deus não vê as coisas dessa maneira. O milagre da misericórdia de Deus fará ressurgir aquela alma para uma vida plena” (Diário, 1448).

Hoje estou enviando-te a toda a humanidade com a Minha misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la estreitando-a ao Meu misericordioso Coração (...) Antes do dia da justiça estou enviando o dia da misericórdia” (Diário, 1588).

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

O INFERNO EXISTE! O DEMÓNIO EXISTE!


Porque escrever sobre o inferno? Peço desculpa às pessoas mais sensíveis, mas é preciso advertir a todos da existência dessa terrível realidade!

Sim, o inferno existe e é bem real! Há pessoas que não conseguem conceber essa ideia “mas, então, Deus é amor e ia permitir alguém queimando no inferno para sempre?”

Sim, Deus é amor, é misericórdia. Mas se pensarmos na perversidade humana, em pessoas como Hitler, Stalin, Mao Zedong, entre outros, chegamos a conclusão de que o inferno não é só um possibilidade, é uma realidade. Deus não seria justo se permitisse que essas pessoas estivessem no Céu juntamente com os milhares de pessoas que exterminaram! Por isso afirmo, Deus é amor, mas também é justiça!

Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".

Jesus fala muitas vezes da "Geena", do "fogo que não se apaga", reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos graves que "enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente" (Mt 13,41-42), e que pronunciar a condenação: "Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!" (Mt 25,41).

Doutrina da Igreja sobre o inferno

As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão: "Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram" (Mt 7,13-14): Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos, obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.

Inferno e aversão livre e voluntária de Deus

Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim.

O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno.

As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno". A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja adverte os fiéis acerca da triste e lamentável realidade da morte eterna, denominada também de inferno.”
(Catecismo da Igreja Católica 1033-1037, e 1056)

O inferno existe, mas Deus não criou esse lugar. O Inferno é uma invenção do diabo. Então quem é esse? O inimigo de Deus. Sim o demónio existe!

A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus. Com efeito, o Diabo e outros demónios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.

A Escritura fala de um pecado desses anjos. Esta "queda" consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: "E vós sereis como deuses" (Gn 3,5). O Diabo é "pecador desde o princípio" (1Jo 3,8), "pai da mentira" (Jo 8,44).

Satanás ou o Diabo, bem como os demais demónios, são anjos decaídos por terem se recusado livremente a servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.” (CIC 391, 392 e 414)


A presença do demónio está na primeira página da Bíblia e a Bíblia acaba também com a presença do demónio, com a vitória de Deus sobre o demónio... E isto não são mentiras, é a Palavra do Senhor! (...) Ele veio lutar pela nossa salvação. Ele venceu o demónio! Por favor, não façamos negócios com o demónio! Ele tenta voltar para casa e tomar de posse de nós... Não relativizar, vigiar! E sempre com Jesus!"

Não fiquemos perturbados com essas realidades, devemos lutar contra o mal:

Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio.

Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.

Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.” (Efésios 6, 11-13)

Também devemos nos arrepender de nossos pecados, confessá-los e nos entregarmos a misericórdia do Senhor Jesus, por essa razão o Papa Francisco convocou o Ano da Misericórdia.


Vejamos o que Santa Faustina, a principal apostola da Misericórdia, nos diz sobre o assunto:


Leia também:
http://temaspolemicosigreja.blogspot.pt/2013/04/resposta-um-leitor-deus-permitiria.html

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

É possível crer em Cristo e na reencarnação?




Irmãos, é com toda caridade que vos digo a verdade. Não é possível sermos Católicos, crermos em Jesus Cristo e acreditar na reencarnação!

Esse mesmo tema já foi abordado nesse blog no link:


No Cerne da questão esta a pergunta: “Quem é Jesus Cristo?”

Ele mesmo perguntou aos apóstolos:

Quem dizem os homens que eu sou?
Responderam-lhe os discípulos: João Batista; outros, Elias; outros, um dos profetas.
Então perguntou-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? Respondeu Pedro: Tu és o Cristo.” (Marcos 8, 27-29)

Há pessoas que consideram que Jesus Cristo foi um profeta, como em seu tempo também o consideravam. Porém, para nós católicos, Jesus é o Cristo, é a resposta que Pedro dá: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mateus, 16-16.) O Cristo, o Messias, e o próprio nome de Jesus, quer dizer DEUS SALVA.

Então vamos analisar, Deus nos Salva, nos salva de quê?

Como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos" (Rm 5,19). Por sua obediência até a morte, Jesus realizou a substituição do Servo Sofredor que "oferece sua vida em sacrifício expiatório", "quando carregava o pecado das multidões", "que ele justifica levando sobre si o pecado de muitos". Jesus prestou reparação por nossas faltas e satisfez o Pai por nossos pecados.” (Catecismo da Igreja Católica – 615)

Por sua paixão, Cristo livrou-nos de Satanás e do pecado. Ele nos mereceu a vida nova no Espírito Santo. Sua graça restaura o que o pecado deteriorou em nós. (CIC - 1708)

Portanto, Cristo justifica os homens, Ele nos livrou de nossos pecados. Isto é exactamente o contrário da crença na reencarnação.

Quem acredita na reencarnação, acredita que o próprio homem, com suas próprias forças deve se purificar, sucessivamente, por muitas vidas, até chegar a um estado de santidade. Isto é NEGAR A CRUZ DE CRISTO, É NEGAR O SACRIFÍCIO DE JESUS.

Está escrito na Bíblia, a Palavra de Deus, que o homem só vive uma vez e que depois é o Julgamento. (Heb 9,27)

"A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado "o único curso de nossa vida terrestre" (LG 48), não voltaremos mais a outras vidas terrestres. "Os homens devem morrer uma só vez" (Hb 9,27). Não existe "reencarnação" depois da morte." (CIC - 1013)

"Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,

Da qual homem algum pode escapar.

Ai dos que morrerem em pecado mortal!

Felizes os que ela achar
Conformes á tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!"

(S. Francisco, Cântico das criaturas)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Na Igreja primitiva já havia imagens

O uso das imagens no cristianismo primitivo

Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do cristianismo, recaiu sobre os ombros dos apóstolos, logo, quando finalmente se expandiu por diversas áreas principalmente por Roma e pelos territórios dominados por ela. Com o passar do tempo, a ação dos apóstolos se mostrou mais eficaz, então o cristianismo se tornou para os dirigentes romanos, uma afronta aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos.

 Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados vivos. Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-lo nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam fugir dos soldados romanos, entoarem cantos e pintar imagens que manifestavam sua fé. As primeiras catacumbas encontradas são datadas do século II d.C
 A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O que mostra que desde o cristianismo primitivo as imagens eram utilizadas pra expressão de fé e devoção. As imagens mais freqüentes eram o crucifixo, que lembrava o sacrifício de Jesus. A âncora que significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois peixe em grego é ICTUS que é eram as mesmas iniciais de: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” e diversas passagens bíblicas.  
 As catacumbas e os pais da Igreja
Entre o final do quarto e do início do século quinto, os Padres da Igreja descreveu as catacumbas. São Jerônimo foi o primeiro a contar como ele quando ainda era estudante ia aos domingos visitar os túmulos dos apóstolos e dos mártires, juntamente com seus companheiros de estudo: “Gostaríamos de entrar as galerias escavadas das entranhas da terra... luzes raras vindas de cima da terra atenuam a escuridão um pouco... Nós avançamos lentamente, um passo de cada vez, completamente envoltos em trevas”. O poeta ibérico, Prudêncio, também lembra que, nos primeiros anos do século quinto, que muitos peregrinos para Roma e até mesmo de regiões vizinhas para venerar o túmulo do mártir Hipólito que foi enterrado nas catacumbas da Via Tiburtina.
 Abaixo fizemos uma seleção de imagens das catacumbas que nos ajudam entender como desde os apóstolos as imagens eram utilizadas:
Fotos da Catacumba de Priscila em Roma.
Imagem que retrata a história dos 3 jovens na fornalha cantada pelo livro de Daniel, nas paredes da Catacumba de Priscila em Roma
Retratação de Jonas sendo vomitado pela baleia – Catacumba de São Marcelino e Pedro em Roma.
Noé na Arca - Catacumba de São Marcelino e Pedro em Roma.
Inscrições funerárias com símbolos – Catacumba de São Sebastião em Roma
Maria e o Profeta – Catacumba de Priscila em Roma (Século III)
Essa é a imagem mais antiga preservada de Maria, que é retratada em uma pintura no cemitério de Priscila na Via Salaria. O afresco, é datado da primeira metade do século III, mostra a Virgem com o Menino de joelhos na frente de um profeta (talvez Balaão ou Isaías), que aponta para uma estrela para se referir a previsão messiânica. Nas catacumbas outros episódios com Nossa Senhora também são representados, como a Adoração dos Magos e cenas do presépio de Natal, acredita-se que antes do Concílio de Éfeso, todas essas representações tiveram um significado cristológico.
O bom pastor -Catacumba de Priscila em Roma (Século III)
 Inscrições devocionais – Catacumba de São Sebastião em Roma 
 
Peixe Eucarístico (Representação de Jesus) – Crípita de São Gaio e Eusébio

GALERIA DA CATACUMBA DE SÃO CALISTO

 
Lóculos (nichos de inumação) - Catacumba de São Calisto.
Chi-Rho e o símbolo do peixe - Catacumba de São Calisto 

Cristo como bom pastor - Catacumba de São Calisto
Cristo como bom pastor – Catacumba de Domitila.
Afresco do Pão e Peixe Eucarísticos - Catacumba de São Calisto
Afresco com Cristo de barba - Catacumba de Comodila.
Epitáfio na Catacumba de São Sebastião
Pyxis Retratando mulheres no sepulcro de Cristo (Século IV)
Narrativa cenas como essa, feita visível as palavras dos Evangelhos.De um lado da Pyxis, em uma cena baseada no Evangelho de Lucas (24, 1-10), três mulheres, a Virgem Maria, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, ficarem com as mãos levantadas no orant (oração) pose. Do outro lado da caixa, duas das Maria’s balançar turíbulos medida que se aproximam um espaço abobadado onde as cortinas amarradas para trás revelam um altar iluminado por uma lâmpada suspensa.A iconografia da área do altar é familiar a partir do quinto século Pola Marfim (Museo Archeologico, Veneza), uma representação da área do antigo santuário de São Pedro em Roma.

Sobre o altar é o livro do Evangelho.No início da igreja, o altar passou a ser entendido como o símbolo da tumba de Cristo, essa fusão é parcialmente baseado no fato de que os elementos da Eucaristia foram colocadas no altar durante a liturgia, e especialmente preservadas porções depositada no altar para uso em emergências.recipientes do Marfim, como neste exemplo finamente esculpida trabalhou a partir de uma seção transversal de presa de um elefante, pode ter sido usado para transportar o pão da Eucaristia com os demais doentes ou idosos para participar do serviço.
 Jesus, Pedro e Paulo (Século IV)
 
Catacumba dos Santos Marcelino e Pedro na Via Labicana . Cristo
entre Pedro e Paulo. Para os lados são os mártires Gorgonius,
Pedro Marcelino , Tiburtius. Este cemitério está no terceiro marco na Via Labicana, perto de uma vila imperial pertencente a Constantino.
 
Rosto de Cristo da Foto anterior mais de Perto.
O leitor que desejar saber também sobre o uso das imagens na bíblia é convidado a ler a matéria "Deus proibiu a fabricação de imagens?" e também "As pinturas mais antigas dos apóstolos de Jesus".  
BIBLIOGRAFIA

The Christian Catabombs of Rome. The Catacomb of St. Callixtus. Disponível em: <http://www.catacombe.roma.it/en/catacombe.php>. Acesso em: 20/10/2012.
FONTE;
RODRIGUES, Rafael. Apologistas Católicos: O uso das imagens no cristianismo primitivo. Apologistas Católicos. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com/index.php/apologetica/imagens/541-o-uso-das-imagens-no-cristianismo-primitivo>