Credo in Unam, Sanctam, Cathólicam et Apostólicam Ecclésiam

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(Salmo 137, 1)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Médico Denuncia os Perigos da Pílula Anticoncepcional e fala sobre a Humanae Vitae


O presidente dos métodos católicos denuncia os perigos da pílula anticoncepcional

ROMA, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Apesar de ter sido publicada há 40 anos, a encíclica Humanae Vitae ainda suscita um forte debate. Para alguns, inclusive dentro da Igreja Católica, trata-se de um texto inadequado aos tempos e insuficiente nas respostas, enquanto outros sustentam que se trata de uma encíclica «profética».

Para estes últimos, o Papa Paulo VI fez bem em advertir contra o uso de anticoncepcionais, já que estes são perigosos para a saúde da mulher e para a relação dentro do casal.

Neste contexto, o doutor espanhol José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC), anunciou um texto em 4 de janeiro passado, com o título «40 anos depois da Encíclica Humanae Vitae, do ponto de vista médico», no qual se ilustram todos os problemas relativos à saúde da mulher, à contaminação ambiental e ao enfraquecimento e banalização das relações de casal que a pílula contraceptiva provocou.

Sobre esta questão, o dr. Simón Castellví concedeu esta entrevista à Zenit.

– Os críticos da Humanae Vitae sustentam que os anticoncepcionais trouxeram a emancipação feminina, progresso, saúde médica e ambiental. Mas segundo o informe da FIAMC, isso não é verdade. Pode explicar-nos por quê?

– Simón Castellví: Os anticoncepcionais não são um verdadeiro progresso nem para as mulheres nem para o planeta. Compreendo e sou solidário com as mulheres que deram a vida a muitos filhos, mas a solução não está na contracepção, e sim na regulação natural da fertilidade. Esta respeita os homens e as mulheres. O estudo que apresentamos é científico e nos diz que a pílula é contaminadora e em muitos casos anti-implantatória, ou seja, abortiva.

– O estudo sustenta de fato que a pílula denominada anovulatória, a mais utilizada, que tem como base doses de hormônios de estrogênio e progesterona, funciona em muitos casos com um verdadeiro efeito anti-implantatório. É verdade?

– Simón Castellví: É verdade. Atualmente, a pílula anticoncepcional denominada anovulatória funciona em muitos casos com um verdadeiro efeito anti-implantatório, ou seja, abortivo, porque expele um pequeno embrião humano. E o embrião, inclusive em seus primeiros dias, é um pouco diferente de um óvulo ou célula germinal feminina. Sem essa expulsão, o embrião chegaria a ser um menino ou menina.

O efeito anti-implantatório destas pílulas está reconhecido na literatura científica. Os investigadores o conhecem, está presente nos prospectos dos produtos farmacêuticos dirigidos a evitar uma gravidez, mas a informação não chega ao grande público.

– O estudo em questão sustenta que a grande quantidade de hormônios no ambiente tem um efeito grave de contaminação meio-ambiental que influi na infertilidade masculina. Você poderia nos explicar por quê?

– Simón Castellví: Os hormônios têm um efeito nocivo sobre o fígado, e depois se dispersam no ambiente, contaminando-o. Durante anos de utilização das pílulas anticoncepcionais se verteram toneladas de hormônios no ambiente. Diversos estudos científicos indicam que isso poderia ser um dos motivos do aumento da infertilidade masculina. Pedimos que se façam pesquisas mais precisas sobre os efeitos contaminadores desses hormônios.

– O estudo elaborado pela FIAMC retoma as preocupações expressas em 29 de julho de 2005 pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (International Agency for Research on Cancer), a agência da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual os preparados orais de combinados de estrogênio e progesterona podem ter efeitos cancerígenos. Você poderia ilustrar-nos a gravidade destas implicações?

– Simón Castellví: É grave que se esteja distribuindo um produto não indispensável para a saúde e que poderia ser cancerígeno. Esta não é uma opinião dos médicos católicos, mas da Agência da OMS que luta contra a difusão do câncer. Nós só citamos suas preocupações ao respeito.

– Você e a associação que você representa sustentam que a Humanae Vitae foi profética ao propor os métodos naturais de regulação da fertilidade. Pode explicar-nos por quê?

– Simón Castellví: O Papa Paulo VI foi profético também do ponto de vista científico. Com essa encíclica, ale alertou sobre os perigos da pílula anticoncepcional, como o câncer, a infertilidade, a violação dos direitos humanos, etc. O Papa tinha razão e muitos não quiseram reconhecer isso. Quando se trata de regular a fertilidade, são muito melhores os métodos naturais, que são eficazes e respeitam a natureza da pessoa.

– Em um artigo publicado pelo L'Osservatore Romano («L'Humanae vitae. Una profezia scientifica», 4 de janeiro de 2009), você sustenta que os métodos anticoncepcionais violam os direitos humanos. Pode precisar-nos por quê?

– Simón Castellví: No 60º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem se pode demonstrar que os meios anticoncepcionais violam pelo menos cinco importantes direitos:

O direito à vida, porque em muitos casos se trata de pílulas abortivas, e cada vez se elimina um pequeno embrião.

O direito à saúde, porque a pílula não serve para curar e tem efeitos secundários importantes sobre a saúde de quem a utiliza.

O direito à informação, porque ninguém informa sobre os efeitos reais da pílula. Em particular, não se adverte sobre os riscos para a saúde e a contaminação ambiental.

O direito à educação, porque poucos explicam como se praticam os métodos naturais.

O direito à igualdade entre os sexos, porque o peso e os problemas das práticas anticoncepcionais recaem quase sempre sobre a mulher.

– A Humanae vitae sustenta que os anticoncepcionais influenciam negativamente na relação do casal, separando o ato de amor da procriação. Você poderia explicar-nos, como homem de ciência, esta afirmação?

– Simón Castellví: A relação entre os esposos deve ser de total confiança e amor. Excluir com meios impróprios a possibilidade da procriação prejudica a relação de casal. O doar-se um ao outro deveria ser total e enriquecer-se pela capacidade da transmissão da vida.

– Substancialmente, a Humanae vitae é um documento que une e reforça os casais; por que então tantas críticas?

– Simón Castellví: Muitas das críticas foram sugeridas pelos interesses econômicos que estão por trás da venda da pílula. Outras críticas surgem daqueles que querem reduzir e selecionar a fertilidade e o crescimento demográfico. Finalmente, as críticas procedem também daqueles que querem limitar a autoridade moral da Igreja Católica.

– O que teria acontecido se a Igreja não tivesse se oposto à difusão da pílula?

– Simón Castellví: Não quero sequer pensar nisso. Só considerando o efeito abortivo das pílulas, a própria Igreja Católica seria hoje menos numerosa. Posso compreender o pensamento de milhões de mulheres que usam a pílula, mas quero sugerir que existe uma antropologia melhor para elas, a que a Igreja Católica propõe.

Por Antonio Gaspari

Fonte: http://www.zenit.org/article-20479?l=portuguese

5 comentários:

  1. Quem não quer ter filhos deve se prevenir,se é contra preservativos e pilula o que usar?Quem ´promiscuo é por que gosta e vai continuar sendo independente de usar ou não contraceptivo.Quem se valoriza e se respeita e é informado e no momento não pode ter filhos deve se prevenir sim,não te filho á rodo.

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  2. Não costumo publicar esse tipo de comentário, como o acima no meu blog, porém resolvi responder a esse. Sr. Anonimo, porque o anonimato? Porque não se identificou?

    Sua primeira pergunta: o q usar? Eu ja respondi essa pergunta em outros posts do blog. A mulher pode não usar nada!! Ela pode fazer é os metodos de planeamento familiar NATURAIS!! Não me diga q isso nao funciona! Funciona sim, está comprovado!!(veja em: http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/06/metodos-naturais-sao-seguros.html) Não faz mal a saude da mulher, une o casal e permite q eles tenham uma paternidade responsalvel tendo filhos somente quando acham que tem condições de os ter(mas muitas vezes é o egoismo e a mentalidade capitalista que os impede de ter filhos).

    Quem é promiscuo vai continuar sendo promiscuo, eu concordo com vc, a não sei que mude de vida! Geralmente quem é promiscuo é que usa essas coisas, também está comprovado que a camisinha e a pílula geram um problema comportamental nas pessoas, incentivando esse comportamento promiscuo, estimulando uma vivência desordenada da sexualidade, por tras de um suposto "sexo seguro". Muito dificilmente as pessoas vao entender que devem ter relações somente com uma pessoa, numa relação de confiança, fidelidade e compromisso, usando preservativos! Mas quem não quer esse tipo de relação (no fundo no fundo, todo mundo quer...) seja promiscuo então, é a opção de cada um...

    Vc disse:
    "Quem se valoriza e se respeita e é informado e no momento não pode ter filhos deve se prevenir sim,não te filho á rodo. "

    Quem se valoriza e se respeita não deveria se encher de hormonas que fazem um estrago enorme no corpo de uma mulher, aqui no blog há varios pareceres medicos sobre o assunto. Quem se valoriza e se respeita busca o modelo de relacionamento que descrevi acima, se a pessoa se valoriza busca somente um parceiro, não vai sair por aí de mão em mão, não é verdade? Sobre ser informado, realmente existe uma má informação, que é amplamente divulgada, de que para planear filhos tem que usar preservativo ou pílula, isso é uma desinformação, como postei acima a informação de que os metodos naturais são eficazes, pode-se concluir que a mulher que opta por esses metodos não é irresponsável, não vai ter filhos "à rodo" como disse e vai se valorizar muito mais no sentido que está preservando sua saúde!

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  3. Tatiana, o tema está muito bem abordado.e a ortodoxia é impecável. mas tenho uma dúvida e talvez vc poderia me ajudar. Supondo que o contraceptivo não seja abortivo, y levando em conta que ele pode trazer ,em alguns casos, uma maior segurança para um casal jovem poder levar a cabo seu planejamento familiar,tendo uma paternidade responsável, pergunto: esse contraceptivo é licito? veja... concordo com com vc no que diz respeito ao egoísmo que muitas vezes usa a mascara de "responsabilidade" e com isso se evitam os filhos de modo desordenado. Mas considerando o tema em si, e uma vez que é licito o uso dos métodos naturais, poderíamos concluir que sendo assim, um método que desse mais tranqüilidade ao casal,e não atentasse contra a vida, esse método seria igualmente lícito? desde já agradeço sua resposta. Um abraço e obrigado

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  4. Olá José Pedro, o problema do anticoncepcional é um problema moral. A própria palavra diz: anti-concepção, ou contracepção. O que a Igreja propõe não é um método anticoncepcional (não vai contra a concepção, não é um método de controlo da concepção) é um método de planeamento familiar (planejar o numero de filhos ou espaçar o nascimento dos filhos), o que é lícito, responsável e moral para o casal jovem, exercendo uma paternidade responsável. Como disse no comentário acima, os métodos naturais são seguros e eficazes: http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/06/metodos-naturais-sao-seguros.html
    O problema é que na sociedade em geral criou-se o mito de que eles são inseguros, o que não é verdade, eles chegam a ter a mesma segurança da pílula, se bem usados.

    O problema da pílula, por exemplo, é que prejudica sensivelmente a saúde da mulher, leia no post acima e em outros posts do blog. Se vc puder optar por um método seguro e natural (ou seja não vai prejudicar a saúde de sua esposa), por que então utilizar a pílula que faz tanto mal? Por que utilizar a camisinha que é tão incomoda constituindo uma barreira entre si e sua esposa, impedindo que haja a real união carnal do casal? Jesus disse: não serão mais dois, e sim uma só carne.

    O outro problema da pílula é que ela atenta sim contra a vida! Como já expliquei noutro post do blog (http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/03/contra-os-metodos-anticoncepcionais.html) a pílula actua fazendo cessar a ovulação e tornando o muco produzido no uterino hostil aos espermatozóides. Alterações na camada que reveste internamente o útero (o endométrio) e no funcionamento das trompas (estruturas que interligam os ovários com o útero). Essa alteração na camada que reveste o útero poderá, eventualmente, se houver fecundação, provocar um aborto! Pois o útero não estará preparado para fazer a nidação do zigoto (novo ser).

    Essa é uma questão extremamente pessoal do casal. O tema contracepção é colocado como se fosse apenas uma preocupação da mulher, o que é errado, o homem também deve participar no planeamento familiar, o método natural permite a mulher ter um melhor conhecimento do funcionamento do próprio corpo e propicia uma maior união e diálogo do casal. A Igreja é mãe e propõem sempre o melhor a seus filhos.

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